O surf começou por ser uma moda em Portugal, com a abertura de muitas lojas especializadas neste tipo de vestuário, mas implantou-se e é hoje uma atividade respeitada. O surf está mesmo em vias de se tornar um desporto nacional.
Prova disso é a recente acção de marketing do governo ao renomear a auto-estrada A8 como A-Surf, uma clara aposta nesta modalidade, mas também no estilo de vida que lhe está associado. Surfistas internacionais como Garret McNamara que surfam as ondas gigantes do canhão da Nazaré também dão outra visibilidade à modalidade e ao país. Garret McNamara tem mesmo o recorde mundial da maior onda gigante jamais surfada. Temos também o maior evento europeu de surf, realizado em Peniche. O record da mais longa expedição de kite Surf, por Francisco Lufinha em 2013. Uma pós-graduação em ensino de surf. E a descrição da comunidade de surf internacional como Portugal sendo o “Hawai da Europa”. O governo português está portanto empenhado em promover esta modalidade, através de diversos programas como o portugalwaves.com que promete “boas ondas para surfar ou o seu dinheiro de volta”, num repto audacioso mas pertinente.
O crescimento do surf em Portugal, levou ao aparecimento de uma nova figura no panorama nacional: as “Escolas de Surf”, que vão ganhando espaço no fomento da atividade do surf. O desenvolvimento da modalidade inicialmente teve como base o associativismo desportivo (clubes), pois foram estes os pioneiros na dinamização do ensino do surf e organização de competições, aspetos que o fizeram crescer, ao nível do número de praticantes e qualidade técnica. As Escolas de Surf têm vindo a substituir os Clubes, na função do ensino e treino do surf.
Para formalizar legalmente a sua atividade de escola de surf vai precisar de um contabilista. Recomendamos que contate a GAPIC, preenchendo o formulário na secção de contatos.
COMEÇANDO A SUA ESCOLA DE SURF
Uma escola de surf pode ser a paixão de uma vida, e existirem muitos fatores emocionais que funcionam como recompensa, mas isso não dispensa a existência de um plano de negócios. Um plano de negócios não tem de ser algo complicado, mas tem de ser objetivo, onde você vai discriminar todos os passos para implementar a sua escola de surf. Isto passa por uma análise do mercado, da concorrência. Dos pontos fortes e fracos da sua escola de surf. Pode ver aqui como construir um plano de negócios vencedor.
MERCADO
Para Pedro Bicudo, o surf é o maior potenciador de crescimento do nosso turismo. “As taxas de crescimento têm sido elevadas. E vão continuar a ser durante uns anos”, considera. Segundo Francisco Rodrigues, da Associação Nacional de Surfistas (ANS), uma sondagem da Marktest/Surf Portugal estima em 200 mil o número de praticantes de surf em Portugal, em 2011. “O surf é o desporto mais praticado, a seguir ao futebol.” Portugal tem ondas o ano inteiro. E ondas de classe mundial na Ericeira, Peniche, Nazaré, Figueira da Foz e Sagres ou nas ilhas, na Ribeira Grande, em São Miguel, Açores, e no Jardim do Mar, na Madeira. Toda a costa Oeste ganha economicamente, mas é na região da Grande Lisboa – Costa da Caparica e Linha do Estoril – que o surf tem maior procura. O turismo ganha uma larga fatia dos 300 milhões gerados. E cerca de 100 milhões vão para a indústria do surf: vestuário, essencialmente; pranchas; aulas de surf. Nuno Telmo, um dos mentores da Surftechnique – uma escola para atletas de alta competição –, reconhece a importância do ensino. “Quando comecei a surfar, ia para o mar e nem sabia o que estava a fazer. Hoje as escolas dão todas as bases.” Nuno estima que em quatro anos o número de escolas tenha duplicado. Cada aula custa em média 20 euros. “O ensino é um muito bom negócio. Eu, pelo menos, faço o que quero e gosto”, diz o treinador.
A criação de empresas ligadas ao surf tem sido exponencial, mas o tecido ainda é muito fragmentado e concentrado na zona de Lisboa. “O governo está consciente desta realidade e temos tomado medidas precisamente direcionadas para a melhoria da competitividade das micro e pequenas empresas do sector”, sublinha Adolfo Mesquita Nunes. “O nosso principal papel é sair da frente destas empresas, é desamparar-lhes a loja e permitir-lhes crescer e desenvolver o seu negócio e a sua criatividade em liberdade”, algo que foi feito com a liberalização do acesso e exercício da atividade de animação turística e a redução das taxas em 80%, esclarece o secretário de Estado.
Relativamente a uma pesquisa realizada recentemente no “website” da Federação Portuguesa de Surf, os números dizem-nos que existem 75 (setenta e cinco), escolas de surf inscritas na F.P.S., sendo que 34 (trinta e quatro) são Privadas e 41 (quarenta e uma) Agregadas a Clubes. O conjunto destas escolas, representam o universo de 91 (noventa e um) federados, a maioria destes são treinadores, apenas duas escolas agregadas a clubes apresenta um número razoável de federados, alguns destes devem ser alunos/atletas.
FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO PARA ABRIR UMA ESCOLA DE SURF
Merecer a confiança do consumidor é talvez o ponto mais relevante da sua estratégia de negócios. A confiança é construída com base na reputação ganha, e nas críticas recebidas que poderão estar visíveis nas redes sociais, meio de disseminação por excelência de informação sobre a empresa.
Mas antes de poder receber as tais críticas e começar a construir a sua reputação precisa de ter alguns clientes. A melhor forma de cativar esses novos clientes, que irão avançar para ter uma relação comercial com um desconhecido, é deixar de ser um desconhecido. Não se esconda atrás do telefone ou do email, e apresente-se pessoalmente.
Apresentar-se pessoalmente é uma forma de transmitir valores, e existem estudos que comprovam que as pessoas mais facilmente confiam numa pessoa de carne e osso do que numa empresa. Por isso esteja lá no momento em que os clientes experimentarem o seu produto, isto é, a sua escola de surf. Para além desta “atitude”
- Localização e qualidade das ondas
- Competência dos Formadores
- Bons meios de transporte para o local
- Qualidade das instalações
- Certificações aos formandos
- Promoção
- Preço
REQUISITOS PARA ABRIR UMA ESCOLA DE SURF
A Federação Portuguesa de Surf tem também um regulamento que deve consultar, com uma série de exigências que deve cumprir para abrir a sua escola de surf.