INTRODUÇÃO
Costuma dizer-se que enquanto houver fome, vai sempre haver lugar para os restaurantes. Isto porque a necessidade é recorrente. Todos nós sentimos fome em intervalos regulares. Mas se fosse só para nos alimentarmos poderíamos abastecer-nos exclusivamente em sítios o mais baratos possíveis, como supermercados.
O que nos leva a um restaurante é o conforto e às vezes a necessidade – como aqueles funcionários que não têm tempo para ir a casa à hora de almoço. Mas mesmo esses funcionários poderiam levar uma marmita. Se preferem ir a um restaurante é porque é mais cómodo e rápido ir a um restaurante.
Você, que quer abrir um restaurante, pense que está no negócio da alimentação – mas igualmente, ou até talvez mais, no negócio do conforto e da comodidade. Não basta por isso ter alimentos super bem confeccionados, mas igualmente ter um atendimento agradável, com um espaço confortável. Deve investir tanto na qualidade dos alimentos e confecção, como no conforto, ergonomia e simpatia do novo espaço.
Antes de começar, é provável que já tenha idealizado um espaço para o seu restaurante. Seja porque já deu uma vista de olhos ou porque a localização lhe parece ideal. Como fazer a seguir para resolver toda a parte da papelada e requisitos? A forma mais fácil, por incrível que pareça, é recorrer a um contabilista para tratar de tudo isso, pois vai poupar-lhe tempo e dinheiro – e irá necessitar dele de qualquer maneira no futuro quando desejar constituir a sua empresa. Recomendamos a GAPIC (http://www.gapic.pt) pois são bastante experientes no apoio a restaurantes.
Um bom contabilista é crucial para o sucesso de uma pequena empresa. Adquirir o capital para começar um negócio e lidar com as finanças será um desafio, por isso você irá precisar de alguém com experiência para guiá-lo pelo processo. Um contabilista não só o ajudará com as taxas e livros de contabilidade, mas também será um conselheiro financeiro nas decisões de negócios. Portanto, contrate alguém em quem possa confiar. Escolha a GAPIC (http://www.gapic.pt) pois para além de 35 anos de experiência no mercado, tem também a experiência de lidar com restaurantes e conhecem todos os passos que você deve dar para abrir o seu restaurante, podendo acompanhá-lo por todo o processo.
MERCADO
Existe a percepção generalizada que a população portuguesa vai com bastante frequência “comer fora”. Esta mesma percepção é consubstanciada pelos dados de um estudo divulgado pela Gira Foodservice em 2009 que revela que, em 2008, cada habitante consumiu em média 2,2 refeições fora de casa por semana, o que equivale a dizer que aproximadamente 16% das refeições são consumidas fora de casa. Se compararmos este valor com, por exemplo, a Alemanha, verificamos que este é superior, ainda que muito próximo (2,1 refeições por semana, dados Gira Foodservice), o que se revela curioso, em especial se considerarmos as diferenças entre os dois países quanto ao rendimento disponível da população.
Em 2008 (últimos dados a que temos acesso) os restaurantes representavam 6,8% do número total de lojas. Os snacks representavam 34,8% e os cafés 58,4% .
Por outro lado existem, paralelamente à crise, algumas tendências que reflectem mudanças de comportamento por parte dos consumidores como, por exemplo, a diminuição da procura de estabelecimentos com serviço à mesa, em detrimento do aumento da procura daqueles sem serviço à mesa e também o aumento generalizado do take away e fast food.
FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO
- Cozinha, mesas, toalhas e empregados devem refletir a preocupação da empresa com a higiene e a limpeza; nada é tão desagradável enquanto se come quanto a sujidade, a desorganização ou os maus odores.
- Acompanhar de perto as tendências do mercado e as inovações dos concorrentes é tão importante quanto estar atento aos rumos da economia; por isso visite regularmente os estabelecimentos concorrentes das suas redondezas.
- Verificar a proveniência dos produtos, selecionar fornecedores e servir apenas produtos de qualidade é de extrema importância. A primeira e mais séria armadilha do ramo é o desperdício. Perde-se na limpeza dos alimentos, no preparo, cozimento e no serviço.
- Os proprietários devem acompanhar de perto o dia a dia da empresa. Sócios ausentes não percebem as oscilações na qualidade dos produtos e serviços oferecidos, quedas no movimento da casa e outros problemas resultantes da má administração;
- É preciso ter controle absoluto das mercadorias, desde o momento da compra até a chegada do alimento à mesa do cliente;
- Organize o stock dos alimentos em lugares secos, usando a regra “o que entra primeiro, sai primeiro”, ou na designação em inglês First in, First out, no momento de usá-los;
- No momento de definir os preços a serem praticados pelo estabelecimento procure observar os restaurantes concorrentes da mesma região e evite colocar preços muito mais baixos para depois ter que aumentá-los de repente, pois o cliente pode não gostar;
- Os bons empregados fazem uma casa. É difícil encontrar empregados que sejam experientes e mantenham a cordialidade e a simpatia para com os clientes. Leve o tempo que for necessário até encontrar os recursos humanos ideais.
- Organize uma temática de decoração que leve os clientes a sentirem-se em casa. Um bom exemplo são aqueles restaurantes que utilizam cachecóis de clubes desportivos pois promovem a paixão e a familiariedade. Mas também há restaurantes que exibem bandeiras de navios. É tudo uma questão de imaginação. Na falta de uma temática de decoração, aposte tudo na formação dos seus empregados, pois são eles que transmitirão ambiente à casa.
LICENCIAMENTO
Uma das maiores dores de cabeça dos empreendedores desta área foi resolvida com a aprovação do Decreto-Lei n.º 48/2011 de 1 de abril que veio simplificar a abertura e a modificação de determinados negócios, introduzindo um regime simplificado de instalação e funcionamento, denominado Licenciamento Zero. Assim, são eliminadas as licenças, autorizações, vistorias e outras permissões necessárias à abertura e ao funcionamento de diversos negócios, incluindo os da restauração. Com o Licenciamento Zero, os proprietários precisam apenas de comunicar, através do Balcão do Empreendedor, a abertura ou modificação do seu negócio e declarar que se comprometem a cumprir toda a legislação a ele respeitante
LEGISLAÇÃO
Em primeiro lugar, o Decreto-Lei n.º 234/2007 de 19 de junho é absolutamente crucial, já que dispõe o regime jurídico da instalação e funcionamento dos estabelecimentos de restauração ou de bebida. Os requisitos mínimos de estrutura e funcionamento dos restaurantes estão dispostos no Decreto Regulamentar n.º 20/2008 de 27 de novembro. Por outro lado, o Decreto-Lei n.º 67/98, de 18 de março define todas as questões relacionadas com a higiene e segurança alimentar. Se, por alguma razão, o espaço onde pretende montar o seu restaurante necessitar de obras de construção ou modificação, deverá ainda consultar a Lei n.º 60/2007 de 4 de setembro.
OPÇÕES DE FINANCIAMENTO
Financiar a ideia de negócio é, na grande maioria das vezes, a área mais crítica de todo o processo. Porém, os bancos não são os únicos recursos dos empreendedores. Eis alguns recursos disponíveis: Passaporte para o Empreendedorismo Vale Empreendedor FINICIA Jovem
Adorei as dicas, parabéns pelo blog.
Muitíssimo obrigado pela partilha de conhecimento, boa informação adorei.
Olá! Para fazer da cozinha da minha casa uma produção de alimentos para take away, qual a legislação? Obrigada.